1 - Náusea ou Enjoos e Vômitos
Os enjoos e vômitos, na verdade, podem ocorrer a qualquer hora do dia, embora para a maioria se acentue pela manhã, ao acordar. Em geral, começam a aparecer a partir da 5ª ou 6ª semanas, e ao final da 12ª ou 14ªsemanas devem diminuir ou passar totalmente. O enjoo e as náuseas são desconfortáveis, mas não são motivos para preocupação, a não ser que estejam causando perda excessiva de peso, desmaios, tontura ou impossibilidade de ingerir alimentos.https://yandex.com/images/search?text=gestante%20vomitando&from=tabbar&p=1&pos=42&rpt=simage&img_url=https%3A%2F%2Fwww.ysn-jp.com%2Fstorage%2Fimg%2Fimages%2Fas-consequncias-da-falta-de-ferro_4.jpg
O que você pode fazer:
- Nunca fique de estômago vazio;- Prefira alimentos gelados e que lhe apetecem, mesmo que não sejam os mais nutritivos (esta fase é temporária);
- Faça pequenas e frequentes refeições durante o dia, priorizando carboidratos;
- Caso os enjoos sejam matinais, coma algumas bolachas integral ou sequinhas ainda na cama, cochile um pouco mais e levante em câmera-lenta;
- Se a náusea piora quando você escova os dentes, mude a marca do creme dental;
- Inúmeros são os medicamentos antieméticos autorizados por serem seguros para as gestantes aliviarem enjoos e vômitos, tome-os conforme a orientação, sem medo.
2 - Tonturas e Desmaios
As tonturas são por vezes o primeiro sinal que leva a mulher a desconfiar que está grávida, embora sejam mais frequentes no 2º e 3º trimestre de gravidez. A causa principal é a alteração hormonal que leva às alterações
vasomotoras, que vão provocar hipotensão (tensão arterial baixa). Pode acontecer por hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue). Ambas isoladas ou associadas podem levar ao desmaio. Além disto, podem ser sinal de anemia, comum na evolução da gestação, então comunique seu médico.
Quando ocorre um desmaio ou queda mais intensa de pressão, o melhor é sentar e baixar a cabeça ou, se possível, deitar a gestante. Os desmaios, no entanto, são pouco frequentes durante a gravidez, e em geral não prejudicam o bebê.
O que você pode fazer:
- Evitar mudanças bruscas de posição;- Evitar permanecer muito tempo de pé na mesma posição ou locais quentes e abafados. Caso aconteça de sentir-se mal, imediatamente tome um pouco de ar fresco, sente-se ou deite para não acontecer o desmaio;
- Evitar ficar com estômago vazio por muitas horas (ideal pequenos lanches a cada 2 a no máximo 3 horas). Lembrar sempre de ter na bolsa lanches rápidos para um eventual atraso dos horários das refeições, para evitar as hipoglicemias, fator muitas vezes que desencadeia a queda de pressão;
- Lembre-se de ingerir muito líquido durante toda a gestação;
- Deve-se optar por dormir deitada de lado, melhor para o lado esquerdo, evitando a compressão do útero sobre os grandes vasos que fazem o retorno do sangue para o coração, e que podem levar a quedas de pressão, em especial nos últimos meses de gestação.
- Para prevenir acidentes, usar sapatos com sola de borracha e colocar tapetes antiderrapantes na banheira, nunca trancando a porta durante o banho.
3 - Excesso de salivação
O ptialismo, como também é chamado, só é um problema nos primeiros meses da gestação. Durante esse período, geralmente a mulher produz o dobro de saliva, com sabor amargo, a língua fica mais grossa e as bochechas ficam intumescidas por causa das glândulas salivares.
- Tire do seu cardápio laticínios e alimentos que contenham amido;
- Coma frutas ou pingue gotas de limão, porque elas abrandam os sintomas;
- Para reduzir a quantidade de saliva produzida, faça várias refeições pequenas e, entre elas, chupe balas de menta, ou limão, ou até masque chicletes;
- Gengibre em geral proporciona alívio;
- Tente escovar os dentes ou fazer bochechos com produtos à base de menta;
4 - Obstipação e Prisão de ventre
Os altos níveis de progesterona podem trazer a diminuição do peristaltismo intestinal que já tende a existir pela redução da atividade física da maioria das gestantes, ao mesmo tempo que o útero comprime os intestinos eacentua-se o acúmulo dos gazes. O ferro e as vitaminas que a gestante habitualmente toma pode piorar a situação, fazendo as fezes endurecidas e dificuldade para evacuar, o que aumenta a obstipação.
O que você pode fazer:
- Ingira alimentos ricos em fibras, entre 3 e 5 frutas por dia, legumes e verduras variadas em 2 refeições;- Beba muito líquido, no mínimo 2 litros ao dia, iniciando com um copo de água no desjejum;
- Coma ameixas ou beba um copo de suco de ameixas diariamente no desjejum;
- Faça exercícios regularmente, eles estimulam a atividade intestinal;
- Inclua iogurtes em algum dos lanches;
- Substitua a farinha branca por integral, seja no pão e outras massas, e inclua cereais integrais;
- Estabeleça um horário regular para evacuar, logo após a primeira refeição;
- Evite laxativos e nunca fazer clisteres sem autorização médica;
- Você pode incluir fibras que são vendidas como medicamentos, em recipientes maiores, que podem ser acrescentadas no preparo de alimentos e bebidas quentes ou frias. Estas não alteram o sabor e a textura dos alimentos e bebidas, dissolvem 100%, uma revolução para aquelas gestantes e puérperas que não conseguem dominar o intestino com alimentação adequada.
5 - Hemorroidas
Apesar de ser desconfortável, essa condição costuma ser comum, principalmente entre o segundo e o terceiro trimestre. Durante o período gestacional, o corpo feminino passa por uma série de mudanças, dentre elas o fluxo de sangue aumentado, o crescimento do útero, a dilatação das veias da região anal e o aumento de peso são algumas das mudanças que surgem na gestação e que colaboram para o seu aparecimento das hemorroidas, mas é a prisão de ventre ou obstipação o sintoma mais frequente desencadeante, que foi amplamente abordado no item anterior. Portanto leia atentamente as orientações sobre o que fazer para obstipação. Os desconfortos causados pelas hemorroidas normalmente começam com coceiras e dores na região anal. A presença de sangue nas fezes e no papel higiênico também são característicos da presença de hemorroidas. Vale lembrar que a saliência no ânus também deve ser observada com atenção.O que você pode fazer:
- O tratamento é mais simples do que parece. Alguns pacientes podem sim precisar usar pomadas ou outros medicamentos, mas atitudes simples podem mudar positivamente o quadro da futura mamãe que desenvolveu hemorroida.- Limpar a região anal apenas com lenços umedecidos, sabonete neutro ou água morna, no lugar de passar 20 vezes papel higiênico;
- Evitar alimentos muito condimentados e priorizar uma alimentação baseada em fibras;
- Beber 2 litros de água diariamente;
- Evite constipação intestinal, já que fazer força para evacuar aumenta a pressão sobre os vasos sanguíneos. Caso com alimentação adequada e fibras, ainda assim você fique mais que 2 dias sem evacuar, converse sobre medicações alternativas com seu médico;
- Atividades físicas diárias ajuda a manter o funcionamento normal dos intestinos, e exercícios pélvicos melhoram a circulação na região dos vasos dilatados, melhorando as hemorroidas;
- Dois a três banhos de assento por dia com água morna irão aliviar os espasmos musculares que muitas vezes causam dor;
- Evite permanecer em pé por muito tempo ou sentada;
- Evite deitar com a barriga para cima e sim de lado. Essa simples mudança diminui a pressão na região anal, aliviando as dores causadas pelas hemorroidas;
- Durante sua consulta de pré-natal solicite a avaliação do seu Obstetra, que lhe indicará a necessidade de medicação ou consulta com proctologista (especialista);
- É válido utilizar almofadas para aliviar possíveis dores ao sentar.
Apesar de desconfortável, o surgimento da hemorroida na gravidez não é algo grave, mas é necessário ser cuidado e acompanhado por um profissional para que a grávida possa ter uma gestação com saúde e bem-estar.
6 - Azia ou Pirose
A pirose ou azia é um desconforto com maior incidência no 2º e 3º trimestre, que se manifesta com uma sensação de queimação atrás do osso esterno ou parte inferior do peito e estômago, que sobe para o esôfago. Por vezes é acompanhada de eructação e sabor azedo na boca, muito intenso para algumas gestantes.
Acontece habitualmente pela compressão fetal da saída do estomago materno, deixando o suco gástrico se acumular dentro dele, irritando a mucosa gástrica.
Também facilitada por alguns alimentos que podem fazer o relaxamento da saída do esôfago, em geral alimentos gordurosos (como frituras), café, alguns condimentos, alimentos carregados de sódio e açúcar (como achocolatados).
O que você pode fazer:
- Utilizar pouca gordura na alimentação;- Fazer refeições menores e fracionadas;
- Mastigar 1 ou 2 amêndoas torradas sem açúcar;
- Evitar comer uma refeição pesada antes de ir para a cama;
- Não deitar logo após as refeições;
- Relaxar e fazer uma respiração profunda durante uns minutos;
- Evitar comer o que percebe que lhe faz mal;
- Evitar se auto medicar, solicite medicamentos ou orientações na próxima consulta ( podem ser utilizados anti-ácidos ou medicamentos para inibição da produção de suco-gástrico);
- Dormir com mais travesseiros, ou de forma que a cabeça fique mais alta, evitando que o ácido suba até ao esôfago.
7- Fadiga (cansaço e sonolência)
A exaustão e o sono no início da gravidez são sintomas muito comuns e estão relacionados com o aumento do hormônio chamado progesterona, que atua em níveis altos no sistema nervoso central gerando estes sintomas. Além disso, também há uma queda da pressão arterial na gestante para que o sangue consiga irrigar melhor a placenta. Tente não se esforçar demais e respeite os seus limites. Saiba que, entre a 12ª e a 14ª semanas, a energia volta praticamente aos níveis normais.Muitas mães relatam que esse é o melhor período da gravidez, pois estão cheias de energia e disposição. Porém, a exaustão e sonolência devem voltar a partir da 30ª ou 34ª semanas, enfim, terceiro trimestre, mas agora devido ao peso extra que a mulher carrega. Nesse período, o bebê comprime a pelve e o abdômen da mulher causando dificuldade na respiração e na movimentação e, consequentemente, o esgotamento físico. Nesta outra fase de gestação você deverá confirmar se a fadiga não está associada também a piora da anemia e deverá adequar a reposição de anti-anêmicos e a suplementação de vitaminas.
O que você pode fazer:
- Mantenha uma dieta saudável, evite balas e cafeína, que podem lhe dar um pico de energia e depois deixar seu corpo ainda mais fatigado, quando caírem os níveis de açúcar no sangue;- Faça exercícios leves todos os dias, pois ajudam a melhorar o condicionamento cardiorrespiratório reduzindo a sensação de cansaço e controlando o ganho de peso, além de liberar endorfina que melhora o humor e a disposição;
- Descanse sem remorso. Se estiver com sono, tire um cochilo. Sonecas de 30 minutos, mais ou menos, podem repor as energias e deixar o dia mais leve. Caso não seja possível, faça uma pausa breve de olhos fechados para que você possa descansar;
- Cuide de seu sono. Noites bem dormidas serão fundamentais para você manter a disposição. O recomendado é que sejam no mínimo 8 horas.
- Utilize itens para melhorar seu conforto. Use almofadas para apoiar a barriga ou as costas;
- Uma dieta equilibrada rica em vitaminas e nutrientes protegerá a gestante e o bebê do déficit de alguns elementos, além de renovar sua energia. Abuse dos alimentos ricos em potássio, carboidratos, ferro, cálcio, zinco e fibras e que sejam saudáveis.
Os alimentos gordurosos, doces ou farinhentos exigem mais esforço para completar a digestão o que acarretará em uma sensação de cansaço ainda maior;
- Durante as consultas de pré-natal confirme, caso estejam muito intensos os sintomas de fadiga, que não existem outros fatores associados, sejam psicológicos ou fisiológicos que possam estar lhe deixando mais cansada, como anemia, hipotiroidismo ou alguma carência de eletrólito ou vitamina.
- Não force a barra, e evite esforços desnecessários. Não faça todo o trabalho como antes, mesmo o doméstico, deixe que os outros ajudem. Desacelere, você não será gestante a vida inteira.
8 - Insônia
A ansiedade em relação à chegada do bebê e os desconfortos físicos das etapas finais da gestação podem causar dificuldades para dormir.O que você pode fazer:
- Acomode a barriga com travesseiros e coloque um travesseiro entre as pernas, isso ajuda a achar uma posição confortável;- Tome um banho quente antes de ir dormir;
- Beba leite morno, que faz com que você se sinta sonolenta;
- Não faça refeições pesadas antes de dormir;
- Tome muito ar fresco e não durma em lugares pouco ventilados;
- Faça exercícios regularmente.
- Meditação auxilia no controle da ansiedade.
Caso não consiga com as orientações acima o controle, sugiro que converse em sua próxima consulta de pré-natal quanto a indicação de medicamentos. Jamais se auto-medique.
9 - Inchaço e Retenção de Líquidos
O inchaço está relacionado ao aumento de líquidos do corpo na gravidez.Normalmente, o edema aparece nos pés, tornozelos, mãos e dedos. O edema pode ser sinal de pré-eclâmpsia, monitore sua pressão. Avise seu médico quando for se consultar.
O que você pode fazer:
- Não fique de pé por períodos prolongados. Caminhadas podem ativar a circulação e auxiliar no controle do edema;- Evite permanecer sentada por muito tempo, caso deseje, periodicamente eleve-as;
- Se suas mãos incharem, não as deixe penderem ao longo do corpo, levante-as na altura do coração;
- Evite usar roupas e sapatos apertados;
- Use meias elásticas;
- Drenagem linfática pode lhe auxiliar no controle do edema
- Beba muito líquido;
- Caso a pressão esteja elevada reduza a ingestão de sal e procure imediatamente seu médico.
10 - Varizes
As varizes surgem porque o útero pressiona as veias pélvicas, aumentando a pressão sobre as veias da perna e causando refluxo. O sangue retido nas veias faz com que elas dilatem. Há uma propensão maior a ter varizes por herança genética, caso você esteja acima do peso ou fique sentada ou em pé por muitas horas. Durante a gestação, pela ação hormonal, há uma dilatação generalizada de todas as veias com a finalidade de aumentar o fluxo sanguíneo, também o ganho do peso são fatores que influenciam negativamente a formação das varizes .Além disso, o avanço da gravidez produz uma compressão do útero, o que diminui a circulação venosa das pernas. Normalmente elas não doem e regridem após parto, mas nem sempre de forma completa.O que você pode fazer:
- Usar meias-calças de compressão;- Fazer atividades físicas;
- Elevar as pernas ao descansar, sempre que puder;
- Não ficar em pé por muito tempo;
- Evite ficar sentada por longos períodos, e caso tenha, mexa as pernas constantemente para ativar a circulação ou a eleve-as por alguns períodos;
- Usar sapatos confortáveis;
- Tente descansar várias vezes por dia, para tirar o peso dos pés;
- Use meias elásticas ou verifique com seu médico alguma sugestão de meias;
- Evite usar meias com elástico justo que possa apertar sua perna.
11 - Incontinência urinária
O crescimento do útero e o aumento do peso do feto pressiona a bexiga e isso faz com que, em determinados momentos, haja escapes de urina, habitualmente aos movimentos fetais mais bruscos ou aos esforços da mãe, como tossir.O que você pode fazer:
- Converse com seu médico sobre exercícios para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico e segurar o esfíncter urinário;- A perda de urina, em alguns casos, pode ser sintoma de infecção urinária, faça um exame de urina incluindo a urocultura com antibiograma;
- Fale com seu médico, pois a perda de líquidos também pode ser sinal de rompimento da bolsa amniótica;
- Peça uma avaliação para seu médico.
12 - Estrias
O surgimento de estrias na gravidez é um fato extremamente comum, chegando a acometer 70 das gestantes, principalmente no terceiro trimestre, época em que o esgarçamento da pele da região abdominal torna-se mais intenso. A nossa pele possui propriedades elásticas que a tornam capaz de se esticar conforme o indivíduo cresce ou engorda. Entretanto, essa flexibilidade tem um limite. Se a distensão da pele ocorrer de forma rápida, ou seja, ao longo de semanas, a pele não consegue acompanhar o ritmo de expansão, sofrendo lesões nas suas fibras elásticas. Estas lesões das fibras elásticas da pele formam cicatrizes, que nada mais são do que as estrias.FATORES DE RISCO:
- O rápido crescimento do volume da região abdominal, principalmente a partir da parte final do segundo trimestre de gravidez, é o principal fator risco para o aparecimento das estrias. Porém, outros fatores presentes na gravidez também influem no desenvolvimento das estrias, como:- Ganho de peso na gravidez – quanto maior for o ganho de peso na gravidez, maior será o risco de surgirem estrias;
- Alterações hormonais naturais da gestação – hormônios como estrogênio, cortisol, relaxinas e outros tornam as fibras elásticas da pele mais frágeis, facilitando o seu rompimento quando sujeitas a grandes distensões.
- Tendência familiar para formação de estrias – há um claro componente genética na formação das estrias durante a gravidez. Mulheres que apresentam história familiar de estrias, principalmente striae gravidarum, apresentam um maior risco de desenvolverem moderadas a graves estrias na gravidez.
- Idade da gestante – mulheres mais novas (com menos de 25 anos) têm uma pele mais “firme”, apresentando maior facilidade de rompimento das fibras elásticas. Quanto mais jovem for a gestante, maior será o risco de desenvolvimento de estrias. Gestantes acima de 30-35 anos têm um risco bem mais baixo.
- Primeira gestação – o risco de aparecerem estrias é muito maior na primeira gravidez que nas gravidezes subsequentes. Após uma primeira gestação, a pele já se encontra mais flácida e mais apta a distender-se novamente. A gestante também costuma estar, pelo menos, dois ou três anos mais velha que na primeira gravidez.
- Peso do feto – quanto maior for o crescimento da barriga na gestação, maior será a esgarçamento da pele e, consequentemente, maior será o risco de aparecerem estrias. Por isso, o tamanho do bebê é um fator de risco relevante. Por motivos óbvios, uma gravidez gemelar também aumenta muito as chances de surgirem estrias.
- Etnia da gestante – grávidas de etnia não-branca apresentam um maior risco de desenvolverem estrias na gravidez.
- Existência de estrias antes da gravidez – mulheres que mesmo antes de estarem grávidas já se mostram propensas a desenvolverem estrias, principalmente na barriga e nos seios, apresentam elevado risco de terem stria e gravidarum.
Apesar da distensão do abdômen ser o principal fator de risco para o surgimento das estrias, os fatores descritos acima explicam o porquê de algumas mulheres desenvolverem poucas ou nenhuma estria durante a gravidez, enquanto outras padecem com dezenas de novas cicatrizes na região abdominal e seios, mesmo que ambas tenham barrigas de tamanho semelhante.
APARÊNCIA DAS ESTRIAS NA GRAVIDEZ
- As estrias da gravidez costumam surgir a partir do 6ª mês de gestação.
Inicialmente, as estrias são de cor rosa. As novas lesões podem coçar e ao redor das estrias a pele se parece fina. Gradualmente, as estrias podem crescer em comprimento e largura, e sua coloração torna-se mais arroxeada ou avermelhada.
As estrias mais antigas vão perdendo sua coloração. Nos primeiros meses após a gravidez, elas começam a desvanecer, tornando-se pálidas ou levemente prateadas. As estrias antigas também podem ficar ligeiramente deprimidas e com forma irregular.
ESTRIAS NA GRAVIDEZ – LOCALIZAÇÕES MAIS COMUNS
As estrias na gravidez surgem proeminentemente na região abdominal, mas também são comuns nos seios, nas nádegas, nos quadris, região lombar e até nos braços, se a paciente tiver grande ganho de peso na gestação.
O que você pode fazer: Como evitar o aparecimento de estrias na gravidez
Na gravidez não é possível controlar o principal fator de risco, que é o crescimento do volume abdominal, por isso, a prevenção é mais difícil que na população em geral. Controlar o ganho de peso na gravidez é importante, pois, se além da distensão do abdômen pelo aumento do útero a pele também sofrer estresse por aumento do tecido adiposo (tecido gorduroso) a chance de surgirem estrias é ainda maior.
Nos pacientes fora da gestação, o uso ácido retinoico ou tretinoína, principalmente em fases iniciais, quando as estrias estão pequenas e rosáceas, apresenta bons resultados. O problema é que ainda não há estudos que demostrem claramente a segurança do uso destas substâncias na gravidez.
Como a striae gravidarum é uma questão basicamente estética, não vale a pena por o bebê em risco usando tratamentos não estudados nas gestantes.
A maioria dos cremes e loções apresenta pouco ou nenhum resultado. Apesar de amplamente divulgados, os cremes à base de manteiga de cacau não apresentaram resultados satisfatórios nos estudos científicos realizados com este produto. Outros cremes hidratantes ou óleos também padecem de comprovação científica, apesar de serem amplamente recomendados. Todavia, como não fazem mal, a maioria dos médicos acaba não se opondo ao seu uso. Um estudo espanhol mostrou benefícios com o uso de um creme chamado Trofolastin, composto por centela, vitamina E e colágeno . Porém, para se ter certeza da sua segurança e eficácia, maiores estudos ainda são necessários com esta droga.
O tratamento com Laser pode ser realizado após o fim da gestação e apresenta bons resultados, conseguindo amenizar as estrias, mesmo as mais antigas.